Cristais pendem dos meus olhos
despencando, latitudinalmente,
infartando toda a existência
feito penitência sem dó.
Segredos cristalizam no tempo
e, nitrogenados, se quebram,
rompendo ventos silentes
que, entrementes, conduzem-me
àquilo que já não me apraz.
Assaz latitudinalmente
despenco com os olhos silentes
em cristais de brisas inerentes
a rumos nitrogenados
pela palavra aprazível que rompe
meu verso branco e final.
(in "Goiabada Démodé" - obra não publicada)
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