Acordo, durmo,
durmo, acordo,
cochilo, durmo
e acordo outra vez...
Levanto-me higiênico,
trabalho, volto para casa,
janto, horário nobre,
televisão, sono...
E durmo, acordo,
durmo, tenho pesadelos,
sonhos tristes que me custam a noite
porque custam a acabar
e acordo, depois durmo,
de novo...
E sonho com o dia,
tão distante que mal o vejo,
no qual sorrio de olhos infantes
tão somente por viver algo
diferente da rotina...
Mas aí acordo
e só por isso durmo,
acordo e durmo outra vez...
(in "Goiabada Démodé" - obra não publicada)
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