Era azul,
brilhava lambendo-me a pele,
salgava-me os lábios e azul reluzia,
rasgava-se a terra na força do mar:
tão pálido pranto deixei-lhe roubar...
Fiz de você pão e café...
N'água salgada era sol,
era carne molhada, despido pudor
de um sexo expulso,
da força do mar...
Minha força era nossa,
o mar que era céu,
o mar que era amar,
fez-se meu – seu, não...
(13/08/1990)
(in "Goiabada Démodé" - obra não publicada)
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