O quão meu desejo é biomolecular
ninguém faz conta.
Porém, sobejo a olhos vistos
na tua carne ardente e farta
e em tua alma pura e puta.
Dignifico o quinhão dos querentes
e, lentamente, rastejo
por entre toscos painéis da fissura.
É neste ensejo que o corpo
almeja por toda a ternura
a temperar uma loucura devassada.
É quando, de alma frenada,
me desafogo num beijo
que é puro prazer desta santa
num puto afã de desejos.
(in "Goiabada Démodé" - obra não publicada)
2 comentários:
Excelente, sensacional.....
Putz... Perfeito!!
Gostei :)
Muito obrigado, Cristiane. Em breve, novos poemas estarão no Beco - safra de inéditos. Saudações.
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