Terra e vento que me tocam
na alquimia natural...
Gozo fundamental, alegria de estar vivo,
solidão nos lábios meus...
Pedra filosofal apedrejando a sabedoria
concedendo uma euforia
que absorvo em campo vasto.
Não me basto de mim mesmo
e curto a esmo este contato
e essa troca de energias com a terra, vento, água,
tempestade a findar mágoas
que não estão neste poema.
Meus lábios solitários
tocam o beijo da Mãe-Terra
e navegam por seus seios...
Terra, vento, água, vida,
curando certas feridas
que não estão neste poema
e que outro dia eu conto...
Do livro “57 Poemas Brasileiros”, 1997.
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