quarta-feira, 15 de dezembro de 2010
"Sem Fases Para Poesiar"
Eu vou confessar um segredo:
não existe arcano.
O mundo se vai andando
e eu vou junto.
Eu vou proferir um absurdo:
não há o impossível.
O mundo se vai
pelos rios de janeiro,
marços e maios:
e eu, desmaio.
Eu vou balbuciar um grito:
não existem aflitos.
O mundo se vai pelos ritos
da África, Ásia e Europa:
e eu, muriçoca.
Eu vou fazer uma poesia:
não existe estilo.
O mundo se vai num cochilo
de normas, formas, se servindo:
e eu vou dormindo...
Do livro “Ovo À Milanesa”, 1994.
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Um comentário:
Olá Sérgio, gostei do seu blog. Estou seguindo.
Abraço
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