Perdemos a vitória.
Cedemos aos achaques
Cedemos aos achaques
e aos ataques mais sutis,
proferidos pelas bocas
proferidos pelas bocas
que, há tempos, já não beijam.
Cometemos o engano
de ouvir palavras tortas
ditas por tais bocas mortas,
tão hipócritas, morais...
Nossos corpos, como almejam
o sabor do santo orgasmo
Cometemos o engano
de ouvir palavras tortas
ditas por tais bocas mortas,
tão hipócritas, morais...
Nossos corpos, como almejam
o sabor do santo orgasmo
que ainda não tivemos!
Vamos nós neste marasmo
Vamos nós neste marasmo
que na vida assim se fez
se desfez um querer puro,
infantil de tão maduro,
mais pra prosa que poesia.
Perdemos a vitória
sem provar do seu sabor.
Vamos juntos dar a forra
se desfez um querer puro,
infantil de tão maduro,
mais pra prosa que poesia.
Perdemos a vitória
sem provar do seu sabor.
Vamos juntos dar a forra
nestes falsos puritanos
praguejando: que se danem!
Pois é nesse amor infame
que faremos nossas vidas
mais poesia do que prosa...
praguejando: que se danem!
Pois é nesse amor infame
que faremos nossas vidas
mais poesia do que prosa...
Do livro “57 Poemas Brasileiros”, 1997.
Nenhum comentário:
Postar um comentário