No seu reino sou bobo,
sujeito às suas vontades
e ao sorriso em seus olhos.
Faço-me vassalo
dou cambalhotas e brinco
com seus gemidos e sussurros.
Na sua corte sou bobo
que vive para lustrar
sua coroa de mulher.
Redescubro a realeza
da beleza do meu pranto
o brilho cristalino
de cada lágrima que enxugo, caprichoso:
na sua cama sou bobo.
Faço sua coroa reluzir
lustrando-a com meus dias.
E nas noites, a nossa monarquia
um reino de amor em cada corpo.
Na sua corte sou bobo
de seu reino, pouco ou nada sei...
Mas em sua vida, eternamente,
serei rei...
Do livro “Ovo À Milanesa”, 1994.
4 comentários:
Que espetáculo, linda e perfeita poesia!
Parabéns querido poeta!
Muito obrigado, amiga Cristiane. Diante de uma bela mulher, é sempre vantajoso para um homem ser o bobo a cortejá-la e diverti-la. Grande abraço e saudações.
Lindo...
O bobo...
A mascara...
O amor...
Decreto...secreto..
fetiche...verdade...
Bobo da corte...
Corte do bobo...
Muito obrigado, amigo Otavio Cesar Ramos. Sua avaliação é sempre muito generosa e sua leitura invariavelmente é uma honra. Saudações poéticas.
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