Erro no caminho do esgoto da vida
lama lânguida de orvalho prazeroso
que não caí...
Erro na estrada de encruzilhadas mórbidas,
curvas tortas que deslizam a pista
e despistam os atropelos.
Erro nos dias e decididos decibéis,
nos gritos loucos do trânsito ostensivo
dos passos na calçada.
Existência, espelho da poesia
que espia à espreita o tempo todo.
Tolo como uma lentilha, vacilo no trânsito
que desliza nesta pista
e despista os atropelos
e erros...
Do livro “57 Poemas Brasileiros”, 1997.
Um comentário:
Muito bom mesmo poeta. Parabéns!...
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