Desembarcar do metrô
sair da estação
e tomar um café no Catete.
Observar transeuntes,
os vens e os vãos,
ruas e calçadas despertadas,
abarrotadas de tanto amanhecer.
E como não perceber os mercados,
as plantas nas janelas,
o movimento dos carros,
o caminhar dos idosos
e das moças preguiçosas
arrastando os pés?
E, de viés, como não se render
ao aroma suave dos restaurantes,
ao bate-papo nas bancas de jornais,
aos hotéis, menestréis e tudo mais?
Retornar ao metrô,
embarcar no trem
e deixar para trás o Catete.
Porém, feito um flerte,
recomponho meu olhar apaixonado
e desembarco no Largo do Machado...
In: "Manual Da Poesia Fajuta" (Wattpad, 2015)
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