Nem
mesmo sombra do que fui
hoje
me faço.
Despedaçado
pelo anos de penúria,
desfigurado
na feiura das pessoas,
deixo
levar na maré podre do desgosto.
Em
mar aberto
há
desafeto e letargia,
desmontando-me
com tédio e desalento
na
esperança que o raiar de um novo dia
junte
os pedaços do que fui n’outro momento.
Oh,
desventura dos que vivem o desespero
de
padecer por mera ausência de ternura
se
consumindo, desgastando,
definhando,
esmaecendo
–
fatal veneno do egoísmo e da amargura.
In: "Manual Da Poesia Fajuta" (Wattpad, 2015)
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