E é
para lá que me vou,
voo
sem escalas,
fomentando
o intento de ficar...
De
coxilo na marquesa,
reencontro
a cidade dos meus sonhos:
não
se constrói sobre ladeiras íngremes,
não
enfeita esquinas
para
esconder melindres,
não
se lança a meios-fios
em
que tropeçam os pés.
A
cidade dos meus sonhos
só
me surge de viés,
sem
aviso nem arcanjos,
sem
arranjos que a refinem,
mas
de cores e recantos
em
toda a esquina, a cada canto.
E é
por lá que caminho,
entre
jardins e roseiras
que
não se adornam de espinhos.
Passos
ávidos por tempo,
bom
repouso e letargia,
para
flanar nesta cidade
sem
que o descanso me canse
e a
realidade me mate.
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