Hei
de flanar com liberdade
entre
angras e orlas,
pés
entre mornas marolas pelo dia inteiro.
Estarei
pachorrento, quiçá cabreiro,
morcegando
entre noites errantes
e
madrugadas erráticas.
Fugirei
das intensas borrascas
e de
todo aparvalhado peralvilho.
Serei
criatura ilimitada e zafimeira,
apreciando
a benfazeja solidão dos esquecidos.
Terei
o Sol da Caparica como abrigo
com
suas ondas se espraiando, cristalinas,
sobre
areias apaziguadoras que me descalçarão os pés.
Então
minhas pegadas, já tão fatigadas,
repousarão
sobre a seda dos meus sonhos
para
que eu possa mergulhar, profundamente,
na
paz melindrosa dos meus dias enfadonhos.
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