És
criatura feita de ternura em pelo
e a
indecência de tuas formas
me
transforma em teu pecado predileto:
é
parte do teu jeito simples
de
dar fim aos azedumes
da
existência sem sabor.
Aprecio
tuas performances sublimes,
feito
banquisa a flutuar
sobre
águas gélidas e cristalinas.
E
então, feito molusco,
rastejo-me
diante de toda grandeza
que
somente tu tens
e
que apenas tu guardas.
A
fenda em meu peito fez-se chaga mal curada,
mas
tens a estrela de grandeza uma,
mata-borrão
que sorveu minhas angústias.
A
ternura me deteve
quando
descobri a paz dos braços teus:
instante
de pureza e encanto no meu peito.
Sou
teu relicário de araque,
um
conselho esquecido na vida
entre
ouvidos desatentos
e
metáforas noturnas.
Sou
o que sou, sou quem eu sou,
em
corpo, essência e alma:
efêmera
fluidez que me faz permanente...
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