Bem
guardado está teu peito,
trancado
por sete chaves
nos
arquivos de um almoxarifado.
Entre
suas prateleiras
o
silêncio se organiza
nas
seções de um passado
com
promessas e premissas
relegadas
à poeira
das
cantoneiras de aço
e
dos fundos de gavetas frias.
Fora
de tais trancas,
corações
que seguem livres,
sem
portas ou cadeados,
sem
amarras, inclusive,
celebrando
a existência, sem pressa, sem reza,
sem
prece inconteste ou convite,
experimentando
a liberdade sem limites.
Bem
guardadas neste almoxarifado,
cada
parte do que fomos
pouco
a pouco desvanece,
enquanto
o tempo
–
alimento de boa amnésia –
lentamente
nos esquece...
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