domingo, 16 de junho de 2019

Butete



Envenena-me
para que eu desfaleça
em teus braços.
Ocupando os espaços do teu corpo,
quase morto,
suicidando-me no teu prazer
pra renascer em teus encantos,
tanto quanto me decantem
no mais aprazível fenecer...

Envenena-me
para que eu sobreviva
em teu peito,
sorvendo teu deleite, teu azeite,
teu butete,
prato preferido que me fere
e que interfere feito vício que faz bem:
solstício que ilumina o meu querer,
condimento a este aprazível padecer... 

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