Se
pretendo tornar-me prófugo
ao
que me parece prolixo,
não
far-me-ei de rogado ou pudico:
informacional,
eletrodo-me por inteiro
e me
protejo embrulhado para presente.
Circuito-me
com sistemas positrônicos
e me
despedaço eletroeletrônico
por
carícias imaginárias em teu corpo.
Louco
digital que se acredita analógico,
entrego-me
aos teus encantos surreais
com
a mais imprecisa sensação estática.
Minhas
mãos sujas e biônicas ainda se recordam
das
formas macias e maciças do teu corpo.
Não
pudico, divago de vez,
a
mente em nós, atrozes e a sós:
desmanchando-me
feito noz
em
tua gamela fervente.
A
estase me toma, por fim,
sobrecarregado
de tua ausência,
curto-circuito
afetivo da razão.
E
assim, teu androide poético e esboroado
retoma
o papel de amante à espera
de
tua mais saborosa programação...
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