Sabe
aquela casa de estilo antigo
onde
vivia a Jura
mais
os seus dois filhos?
Foi
demolida e virou loja.
E
aquele campinho de jogar “Queimado”
e
uma conversa fora, todo dia e hora?
Foi
todo murado pra virar loja.
E a
casa da Patrícia que, de tão bonita,
fazia
a molecada suspirar, aflita?
Perdeu
a beleza, pois virou loja.
E a
escolinha da “tia” Esmaélia,
a
padaria Charme e o bar da Noélia?
Viraram
galeria que é cheia de lojas.
O
progresso impõe seu preço,
desonesto
nesta altercação.
Desconstrói
o tempo demolindo a gente,
vai
virando loja, lorpa solidão.
Mas
nenhuma loja traz em sua vitrine
as
boas lembranças do meu coração.
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