Alto
lá: não te esqueci,
fosse
nos rincões de minhas lembranças,
fosse
nas andanças por ai:
estavas
comigo e teus olhos me brindavam,
nobre
musa de meus versos silentes.
À
sombra de flamboyants
eu
desço de meu pedestal
e me
esfacelo em arenito.
Viro
pó, depois viro cipó,
reconstruo
minha essência humana
ao
relembrar trezentos pecados.
Alto
lá: não te esqueci.
Desviei
meu olhar trocentas vezes
e,
boquiaberto, despertei-me desta fábula,
sem
mácula, sem ranço,
sem
nenhum descanso,
transformando
tua lembrança
em
uma presença imaculada
e a
solidão n’alguma coisa
que
ainda te sugere...
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